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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A Divisão da Bíblia (A Bíblia - Parte III)

A Bíblia, como a temos hoje em forma de códice (ou livro) é dividida respeitando uma ordem temática, não cronológica. Ela está dividida em dois testamentos e 66 livros (39, no A.T. e 27 no N.T.).

1) O ANTIGO TESTAMENTO (Antes de Jesus)

O Antigo testamento, como temos hoje em nossa Bíblias já estava completo quando Jesus veio à Terra. O número de livros só difere porque dividimos Samuel, Reis, Crônicas, etc., em dois livros cada um; os judeus também consideram os Profetas Menores como um único livro. A ordem também é diferente, pois os judeus buscaram a proximidade de uma ordem cronológica.

Vejamos a divisão dos livros do A.T., com suas abreviaturas mais utilizadas:

PENTATEUCO (Livros escritos por Moisés)
Gênesis (Gn)
Êxodo (Ex)
Levítico (Lv)
Números (Nm)
Deuteronômio (Dt)

HISTÓRICOS
Josué (Js)
Juízes (Jz)
Rute (Rt)
1 e 2 Samuel (1 e 2 Sm)
1 e 2 Reis (1 e 2 Re)
1 e 2 Crônicas (1 e 2 Cr)
Esdras (Ed)
Neemias (Ne)
Ester (Et)

POÉTICOS
Jó (Jó)
Salmos (Sl)
Provérbios (Pv)
Eclesiastes (Ec)
Cantares ou Cântico dos Cânticos (Ct)

PROFETAS MAIORES
Isaías (Is)
Jeremias (Jr)
Lamentações de Jeremias (Lm)
Ezequiel (Ez)
Daniel (Dn)

PROFETAS MENORES
Oséias (Os)
Joel (Jl)
Amós (Am)
Obadias (Ob)
Jonas (Jn)
Miquéias (Mq)
Naum (Na)
Habacuque (Hc)
Sofonias (Sf)
Ageu (Ag)
Zacarias (Zc)
Malaquias (Ml)

2) O NOVO TESTAMENTO (A partir de Jesus)

Antes do final do primeiro século, o Novo Testamento já estava todo escrito, restando apenas o trabalho de organizá-lo de maneira canônica.

Os 27 livros canônicos do Novo Testamento estão organizados da seguinte maneira:

EVANGELHOS
Mateus (Mt)
Marcos (Mc)
Lucas (Lc)
João (Jo)

HISTÓRICO
Atos dos Apóstolos (At)

EPÍSTOLAS PAULINAS
Romanos (Rm)
1 e 2 Coríntios (1 e 2 Co)
Gálatas (Gl)
Efésios (Ef)
Filipenses (Fp)
1 e 2 Tessalonicenses (1 e 2 Ts)
1 e 2 Timóteo (1 e 2 Tm)
Tito (Tt)
Filemom (Fm)

EPÍSTOLA - AUTOR DESCONHECIDO
Hebreus (Hb)

EPÍSTOLAS UNIVERSAIS
Tiago (Tg)
1 e 2 Pedro (1 e 2 Pe)
1, 2 e 3 João (1, 2 e 3 Jo)
Judas (Jd)

REVELAÇÃO
Apocalipse (Ap)

3 - CAPÍTULOS E VERSÍCULOS

No original, os livros da Bíblia não eram divididos por capítulos. Essa divisão foi feita, evidentemente, para facilitar a leitura e a localização de textos específicos.

As primeiras divisões foram feitas em 586 a.C., quando o Pentateuco foi dividido em 154 partes. Cinqüenta anos depois foi dividido em mais 54 divisões e em 669 segmentos menores.

Os gregos fizeram divisões por volta de 250 A.D.

Os primeiros sinais indicativos de versículos variavam desde espaços entre palavras até letras e números. As primeiras divisões padronizadas de versículos surgiram por volta de 900 A.D.

O atual sistema de divisão de capítulos da Bíblia, foi realizada por Estêvão Langton (professor da Universidade de Paris e arcebispo de Cantuária), em 1227 A.D.

Fonte: Escola da Bíblia

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Dia do Músico - 22 de novembro

Adota-se o termo músico quando nos referimos a qualquer pessoa ligada diretamente à música, em caráter profissional ou amador, exercendo alguma função no campo de música, como a de tocar um instrumento musical, cantando, escrevendo arranjos, compondo, regendo, ou dirigindo um grupo coral ou algum grupo de músicos, como orquestras, bandas, big band de Jazz, ou ainda lecionando, trabalhando no campo de educação, em terapia musical.
E pra comemorar essa data quero mostrar um músico muito especial. Um pianista chinês sem braços.


O pianista chinês sem braços Liu Wei fará sua primeira turnê mundial para apresentar sua habilidade especial, mostrando ao público internacional a destreza com os dedos dos pés.

Liu nasceu em Pequim e perdeu os dois braços aos 10 anos de idade quando foi eletrocutado durante uma brincadeira de esconde-esconde. Ele conquistou a fama no país tocando piano com os dedos do pé durante o show de talentos de sucesso 'China's Got Talent.'

A versão chinesa do programa estreou em maio, e a semifinal foi a mais vista no país.

Gravações de suas apresentações foram rapidamente difundidas pela Internet, transformando Liu em um sucesso imediato, semelhante a artistas que disputaram o 'Got Talent' em outros países, como Susan Boyle e Paul Potts. (Assista a um vídeo de Liu tocando)

Apesar de precisar de ajuda nas tarefas do dia-a-dia, como comer e beber, Liu estava determinado em treinar os dedos do pé para tocar o piano, e começou a aprender sozinho há cinco anos, praticando até sete horas por dia.

'Sinto que não sou diferente de outras pessoas. Perdi meus dois braços, mas ainda posso fazer as coisas de que gosto. Acho que é isso que outras pessoas valorizaram em mim', disse ele.

O itinerário de Liu inclui Hong Kong, Paris, Viena e Taipei.

(Reportagem da Reuters Television)

sábado, 13 de novembro de 2010

O Baixo Elétrico

Marcelo Mariano fala sobre o baixo elétrico no quadro Meu Instrumento do programa Radiola na TV Cultura.



Nos anos 50, o grande problema dos contrabaixistas da época era o transporte de seu instrumento, delicado (por ser feito de madeira) e extremamente pesado, até que no ano de 1951 um técnico em eletronica de 42 anos chamado Leo Fender criou o baixo elétrico. O instrumento, batizado de Precision, ficou rapidamente conhecido como Fender Bass. Seu modelo era mais dinâmico e diferente do que o modelo do contrabaixo classico.

O primeiro baixista a se apresentar com o Precision foi William "Monk" Montgomery (irmão mais velho do guitarrista virtuose Wes Montgomery) em turnês ao vivo com a banda de jazz de Lionel Hampton. Bill Black, que tocava baixo na banda de Elvis Presley, adotou o Fender Precision em 1957.

Como na guitarra elétrica, as vibrações nas cordas causam um sinal elétrico a ser criado nos captadores, que são amplificados e reproduzidos por meio de um amplificador. Vários componentes elétricos e configurações do amplificador podem ser usadas para alterar o timbre do instrumento.

domingo, 7 de novembro de 2010

O Cânon (A bíblia - Parte II)

A palavra cânon tem raiz na palavra “cana”, “junco”. O junco era usado para medir e, por fim, veio a significar padrão. Mais tarde teve o sentido de lista ou rol.

Na questão da Bíblia, cânon significa “uma lista de livros oficialmente aceito”.

Possivelmente houve cinco princípios orientadores, empregados para determinar se um livro do N.T. era ou não canônico.
Revela autoridade?
É Profético?
É autêntico?
É dinâmico?
Foi aceito, guardado, lido e usado?

1) O CÂNON DO ANTIGO TESTAMENTO
A Bíblia foi um dos primeiros livros importantes a ser traduzido (Septuaginta: tradução em grego do A.T. hebraico, por volta de 250 a.C.) A Septuaginta trazia os mesmos livros que compõem o atual Cânon veterotestamentário.

Mileto, bispo de Sardes, elaborou a mais antiga lista do cânon do Antigo Testamento, em 170 A. D.

2) O CÂNON DO NOVO TESTAMENTO
O fator básico para determinar a canonicidade do N.T. foi a inspiração divina, e o principal teste da inspiração foi a apostolicidade, que inclui a autoria apostólica ou a aprovação apostólica.

Atanásio de Alexandria (367 A.D.) nos apresenta a mais antiga lista de livros do N.T. que é exatamente igual a nossa atual.

Irineu (180 A.D.); A importância de Irineu está no seu vínculo com a era apostólica. Seus escritos confirmam os reconhecimentos canônicos dos quatro evangelhos, Atos, Romanos, 1 e 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Coossenses, 1 e 2 Tessalonicenses, 1 e 2 Timóteos, Tito, 1 Pedro e 1 João e Apocalipse.

Quando finalmente o Concílio da Igreja - o Sínodo de Hipona (393 A.D.) - elaborou uma lista dos 27 livros do N.T., não lhes conferiu qualquer autoridade que já não possuíssem, mas simplesmente registrou a canonicidade previamente estabelecida.

3) LIVROS APÓCRIFOS

A palavra apócrifo vem do termo grego apokruphos e significa "oculto" ou "escondido".

Jerônimo que viveu no quarto século foi o primeiro a chamar de apócrifos esse grupo de livros no Antigo e no Novo Testamento e que são aceitos pela Igreja Católica.

Vejamos algumas razões para que os livros apócrifos não terem entrado na lista dos canônicos:
* Estão repletos de discrepâncias históricas e geográficas.
* Ensinam doutrinas falsas ou confusas que divergem do restante do contexto das Escrituras Sagradas.
* Apelam para estilos literários e apresentam uma artificialidade no trato dos assuntos, com um estilo que destoa das Escrituras.
* Faltam-lhes os elementos que conferem caráter divino, como, por exemplo, a autoridade profética.

3a) Apócrifos do Antigo Testamento
1 Esdras: fala da volta dos judeus da Babilônia, mas acrescenta muito material lendário.
2 Esdras: uma obra apocalíptica. Segundo dizem, Martinho Lutero ficou tão confuso com esse livro que o jogou em um rio.
Tobias: um breve romance. A afirmação contida neste livro de que as esmolas trazem o perdão dos pecados é claramente contrária às Escrituras.
Judite: uma obra fictícia e farisaica.
Adições a Ester: possui longas orações atribuídas a Mordecai e a Ester.
Sabedoria de Salomão
Eclesiástico: Em seus sermões John Wesley cita inúmeras vezes este livro.
Baruque
A história de "Susana": equivalente ao capítulo 13 do livro de Daniel.
Bel e o Dragão: equivalente ao capítulo 14 de Daniel.
O Cântico dos Três Hebreus
A Oração de Manassés
1 Macabeus: é talvez o mais valioso livro apócrifo, pois descreve as façanhas dos três irmãos macabeus - Judas, Jonatã e Simão.
2 Macabeus: relata as vitória de Judas Macabeus. Geralmente se considera que é um livro de caráter mais lendário que 1 Macabeus.

3b - Testemunho histórico sobre a não inclusão desses livros no Cânon.

Filo um filósofo judeu de Alexandria (20 a.C. - 40 A.D.), citou muito o A.T., mas jamais citou apócrifos como sendo inspirados.

O historiador judeu Josefo (30-100 A.D.) exclui claramente os apócrifos. Também não os cita como Escrituras.

Jesus e os escritores do N.T. nem uma única vez citam os apócrifos.

Os estudiosos judeus reunidos em concílio em 90 A.D. não reconhecem os apócrifos.

Nenhum concílio da igreja cristã, até o quarto século, reconheceu os apócrifos como inspirados.

Muitos dos grandes Pais da Igreja atacaram pesadamente os apócrifos, como Orígenes, Cirilo de Jeruslém e Atanásio.

Jerônimo (340-420 A.D.), o grande erudito e tradutor da Vulgata, rejeitou que os apócrifos fizessem parte do Cânon.

Durante a reforma muitos estudioso católicos rejeitaram os apócrifos.

Não foi senão em 1546 A.D., numa atitude polêmica tomada no Concílio de Trento, dentro da Contra-Reforma, que os livros apócrifos receberam pleno reconhecimento canônico por parte da Igreja Católica Romana.

3c - Principais Apócrifos do Novo Testamento
As epístolas de Pseudo-Barnabé
Epístola de Clemente
Pastor de Hermas
Didaquê
Apocalipse de Pedro
Os Atos de Paulo e Tecla
Epístola aos Laodicenses
Evangelho segundo os Hebreus
As Sete Epístolas de Inácio

Fonte: Escola da Bíblia