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sábado, 29 de janeiro de 2011

A Credibilidade da Bíblia

No afã de combater a inspiração divina da Bíblia, os críticos acabam sendo desleais e cruéis. Se houver o mínimo de imparcialidade e coerência, é impossível anular o valor literário e histórico da Bíblia. Tratar a Bíblia como material mitológico ou lendário é total ignorância com os critérios utilizados para se comprovar a autenticidade de um documento histórico.

Deve-se testar a credibilidade histórica das Escrituras pelos mesmos critérios usados para testar todos os documentos históricos.

Os três princípios básicos da historiografia são: teste bibliográfico, evidências internas e evidências externas.

1)Teste Bibliográfico


O teste bibliográfico é um exame da transmissão textual pela qual os documentos chegam até nós. Em outras palavras, uma vez que não dispomos dos documentos originais, o Teste Bibliográfico discute a credibilidade das cópias existentes, levando em conta o número de manuscritos e o intervalo de tempo transcorrido entre o original e a cópia.

1a - O Teste Bibliográfico da Credibilidade do Novo Testamento

O historiador John W. Montgomery afirma que "Ter uma atitude cética quanto ao texto disponível do N.T. é permitir que toda a antigüidade clássica se torne desconhecida, pois nenhum documento da história antiga é tão bem confirmado bibliograficamente".

Sir Frederic G. Kenyon, que foi diretor do Museu Britânico, diz: "além da quantidade, os manuscritos do N.T. diferem das obras dos autores clássicos em outro aspecto, e mais uma vez a diferença é bem clara. Em nenhum outro caso o intervalo entre a composição do livro e a data dos mais antigos manuscritos é tão curto quanto no Novo Testamento".

Existem mais de 5.300 manuscritos gregos do N.T. Acrescentem-se a esse número mais de 10.000 manuscritos da Vulgata Latina e, pelo menos, 9.300 de outras antigas versões e teremos mais de 24.000 cópias de porções do N.T. Dos livros antigos, a Ilíada de Homero vem em segundo lugar com cerca 643 manuscritos.

O N.T. em Comparação com Outras Obras da Antigüidade

A obra "De Bello Gallico (As Guerra Gaulesas), de César, tem apenas nove ou dez manuscritos em boas condições, e o mais antigo data de aproximadamente 900 anos depois de César. Dos 142 livros da "História Romana" de Lívio (59 a.C. a 17 A.D.) subsistem apenas 35. Dos 14 livros das "Histórias de Tácito" (cerca de 100 A. D.) só restam 4 e meio. Conhecemos a "História de Tucídedes (cerca de 460-400 a.C.) a partir de 8 manuscritos, dos quais o mais antigo data de 900 A.D. O mesmo se dá com a "História de Heródoto". No entanto, nenhum conhecedor profundo dos clássicos ousaria duvidar da autenticidade de qualquer desses escritos só porque há poucos manuscritos ou porque esses manuscritos estão distantes cerca de 1.300 anos dos originais.

No caso do N.T., há manuscritos importantes com menos de 300 anos de distância do original. Não parece uma ironia essa mesma alta crítica querer por em dúvida a autenticidade das escrituras sagradas?

O Novo Testamento em comparação com a Ilíada de Homero

Por que eu faço questão de apontar aqui a comparação do N.T. com a Ilíada de Homero? Porque tanto o N.T. como a Ilíada foram consideradas "sagradas" e porque Homero foi, sem dúvida, o autor mais lido na antigüidade.



O N.T. tem cerca de 20.000 linhas, a Ilíada tem cerca de 15.600. Há dúvidas sobre apenas 40 linhas (ou 400 palavras) do N.T., enquanto que, no caso da Ilíada, questionam-se 764 linhas.

Alguns dos mais importantes e antigos manuscritos do N.T.

* Manuscrito de John Rylands (130 A.D.) – Encontra-se na Biblioteca John Rylands, em Manchester, na Inglaterra. Uma porção do evangelho de João, encontrada no Egito.

* Papiro de Bodmer II (150-200 A.D.) – Encontra-se na Biblioteca Bodmer de Literatura Mundial e contém a maior parte de João

* Papiros Chester Beatty (200 A.D.) - Encontram-se no Museu C. Beatty, em Dublin,e parte deles é de propriedade de Michigan (nos Estados Unidos). Contém grandes porções do N.T.

* Diatessarão (“uma harmonia em 4 partes) – uma harmonia dos evangelhos por Taciano, de 160 A.D.
* Códice Vaticano (325 A.D.), situado na Biblioteca do vaticano, contém quase toda a Bíblia.

* Códice Sinaítico (350 A.D.), encontra-se no Museu Britânico, contém quase todo o N.T. e mais da metade do A.T.

* Há versões e traduções do N.T, do grego para o siríaco e latim datadas de 150 A.D.

A Credibilidade dos Manuscritos Apoiados pelos Primeiros Pais da Igreja

As citações da Escritura nas obras dos primeiros escritores cristãos são em número tão grande que é virtualmente possível reconstituir o N.T. a partir dessas citações, sem fazer uso dos manuscritos.

*Clemente de Roma (95 A.D.) foi nomeado por Pedro. "Ainda tinha o ensino dos apóstolos ecoando em seus ouvidos e a doutrina deles diante de seus olhos". Fez citações de: Mateus, 1 Coríntios, Marcos, 1 Pedro, Lucas, Hebreus, João e Tito.

*Inácio (70-110 A.D.), bispo de Antioquia, foi martirizado. Conheceu os apóstolos. Cita:
Mateus, Efésios, 1 e 2 Tessalonicenses, João, Filipenses, 1 e 2 Timóteo, Atos, Gálatas, 1 Pedro, Romanos, Colossenses, 1 Coríntios, e Tiago.

*Policarpo (70-156 A.D.) martirizado aos 86 anos de idade, foi bispo de Esmirna e discípulo do Apóstolo João.

*Barnabé (70 A.D.)

*Hermas (95 A.D.)

*Taciano (170 A.D.)

*Irineu (170 A.D.)

*Clemente de Alexandria (150-212 A.D.) faz 2.400 citações do Novo Testamento. Cita 24 livros do N.T.

*Tertuliano (160-220 A.D.), cita mais de 7.000 vezes o N.T., sendo 3.800 sobre os Evangelhos.

*Hipólito (170-235 A.D.), mais de 1.300 referências ao N.T.

*Justino Mártir (133 A.D.)

*Orígenes (185 a 254 A.D.) apresenta mais de 18.000 citações do N.T.

*Cipriano (falecido em 258 A.D.), 1030 citações ao N.T.

Houve cerca de 32.000 citações feitas do Novo Testamento antes do Concílio de Nicéia em 325 A.D.

Fonte: Escola da Bíblia

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