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domingo, 13 de fevereiro de 2011

Teste Bibliográfico dá Credibilidade do A.T.

Ao contrário do Novo Testamento, no caso do Antigo Testamento não dispomos da abundância de manuscritos copiados em data próxima à composição original. Com a descoberta dos Rolos do Mar Morto, vários manuscritos do A.T. foram encontrados, aos quais os estudiosos deram datas anteriores à época de Cristo.

Os Talmudistas

Embora não haja manuscritos tão antigos do A.T., é importante levarmos em conta o extremo cuidado que os copistas judeus tinham com a Escritura.

Vejamos algumas exigências que os talmudistas deviam seguir, ao copiar um texto da Escritura:

* Cada pele utilizada para rolos de escrita deveriam conter um certo número de colunas, o qual deve se manter igual por todo o códice.

* Devia-se primeiro traças as linhas de toda a cópia, e se três palavras fossem escritas sem linha, a cópia ficava inutilizada.

* Devia-se fazer a cópia de uma cópia autêntica, da qual o transcrito não podia se desviar de modo algum.

* Era terminantemente proibido nenhuma palavra ou letra, nem mesmo um iode, de memória, isto é, sem o escriba tê-lo visto no códice diante de si.

* Entre cada consoante deveria haver o espaço máximo de um fio de cabelo ou de uma linha.

* O quinto livro de Moisés (Deuteronômio) deveria terminar no final de uma linha.

* O copista precisava vestir-se com trajes judaicos a rigor, lavar o corpo todo, não começar a escrever o nome de Deus com uma pena recém mergulhada na tinta.

* Caso um rei se dirigisse ao escriba, enquanto ele estivesse escrevendo o nome de Deus, não deveria dar atenção ao rei.

Muito embora as duas cópias de Isaías descobertas nos Manuscritos do Mar Morto em 1947 fossem mil anos mais antigos que o mais velho manuscrito até então conhecido (980 A.D.), verificou-se que, em mais de 95% do texto, eram idênticas palavra por palavra ao nosso texto hebraico padrão. Os 5% de variação são erros óbvios de ortografia.

O mesmo zelo pelas cópias exatas, por parte dos talmudistas, explica o desaparecimento de cópias mais antigas. Quando um talmudista encerrava a cópia de um manuscrito, concedia a essa cópia autoridade igual ao original. A cópia antiga era considerada como lixo e desprezada.


Os Rolos do Mar Morto

Em fevereiro ou março de 1947 um pastorzinho beduíno, chamado Muhamad, encontrou acidentalmente em uma caverna à margem do Mar Morto diversos vasos contendo rolos de couro, envolvidos em pano de linho. Esses vasos estavam ali desde 68 A.D. Nesses rolos haviam vários manuscritos bíblicos.

O mais antigo manuscrito com o texto hebraico que possuíamos fora preparado em 900 A.D. ou depois. Um dos rolos encontrados próximo ao Mar Morto continha o texto hebraico completo do profeta Isaías, datado de 125 a.C. Esse manuscrito é mais de mil anos mais antigo do que qualquer outro anteriormente conhecido.

O grande impacto é que esse texto de Isaías de 125 a.C. é exatamente igual ao texto massorético de 916 A.D. Para se Ter uma idéia dessa exatidão, das 166 palavras de Is 53, só há dúvidas sobre 3 letras ou uma palavra apenas, que não altera em nada o sentido do capítulo.

As cópias de Isaías da comunidade de Qumram é idêntica 95%, palavra por palavra, ao nosso texto hebraico padrão. Os 5% de variação correspondem a pequenos erros de cópias e de ortografia.

A Septuaginta

Septuaginta (palavra que significa "setenta" e que geralmente é abreviada por meio de algarismos romanos, LXX) foi o nome dado à tradução em grego das Escrituras hebraicas, o A.T. esta tradução foi preparada durante o reinado de Ptolomeu Filadelfo, do Egito (285-246 a.C.)

Essa tradução foi feita por seis anciãos de cada uma das doze tribos de Israel, sendo completada em 72 dias.

Sendo assim em cerca de 300 a.C. tínhamos uma tradução do hebraico para o grego de um A.T. similar ao texto que temos hoje.


Fonte: Escola da Bíblia

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