Qual a participação de cada um no aquecimento global?
Em tempos de mudança climática, calcular a emissão de gases do efeito estufa a chamada pegada ecológica de uma pessoa ou empresa virou um exercício de apelo irresistível. O passo seguinte é saber como compensar o estrago. Uma das formas, segundo especialistas, é o plantio de árvores. Várias empresas se dedicam a calcular a emissão e instruir o cliente a neutralizá-la. A pedido do Planeta, o executivo Eli Coslovski, de 34 anos, solteiro, morador de São Paulo, calculou sua pegada. Saiba como ele chegou ao resultado e o que deve fazer para compensá-la.
1. A calculadora
O primeiro passo é encontrar um meio de calcular a pegada de carbono que use fatores de emissão confiáveis e reconhecidos internacionalmente. O Planeta optou pela calculadora da Keyassociados, que utiliza fatores de instituições como o IPCC, painel da ONU sobre mudança climática, e o GHG, protocolo mundial sobre gases do efeito estufa. A Key, porém, leva em conta fatores locais, como a matriz brasileira de energia elétrica, mais limpa do que a americana e a europeia.
2. O cálculo
Para saber quanto você emite, são computados uso de energia elétrica, gás natural ou de botijão, gasolina, diesel, álcool, GNV, viagens de avião e destinação do lixo. Voos costumam pesar muito no cálculo, seguidos pelo uso de combustível fóssil.
3. Os números
Coslovski dirige todo dia do Alto de Pinheiros, zona oeste de São Paulo, até o trabalho, no Itaim, zona sul. Roda cerca de 800 quilômetros por ano num carro movido a gasolina. Viaja de avião em média seis vezes ao ano, pelo País e exterior. Gasta 16 metros cúbicos de gás e 140 quilowatts de energia por mês.
4. O resultado
Coslovski emite 10,7 toneladas de carbono por ano. Para compensar isso, foi recomendado o plantio de 43 árvores.
5. Compensando
Com o resultado em mãos, o executivo deve procurar uma instituição apta a realizar o plantio nos padrões exigidos para a neutralização, com monitoramento e manutenção da mudas. A SOS Mata Atlântica vem fazendo esse trabalho desde 2004, em um projeto chamado Florestas do Futuro. A ONG planta espécies nativas do bioma em cinco Estados brasileiros.
6. O plantio
Primeiro a ONG faz uma prospecção da área que receberá as mudas. A melhor época para plantar são os meses de agosto a março. No caso de pessoas físicas, a entidade espera a entrada de vários projetos, para ter volume. Depois, é hora de selecionar espécies para o plantio. A SOS trabalha com 35 viveiros e cada muda plantada sai por R$ 12.
7. A manutenção
As mudas devem ser adubadas para crescer. A manutenção é feita por dois anos, período em que a planta se desenvolve. Depois, a SOS ainda monitora a árvore por três anos. Segundo a Key, a muda capta mais CO2 enquanto cresce. Em 20 anos, espécies como as usadas pela ONG sequestram, em média, 249,6 quilos de carbono cada uma. Ou seja: o cálculo de emissões é anual, mas a compensação pode levar 20 anos.
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segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Compense sua pegada de carbono
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